sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Da medo...

Das incertezas do dia seguinte
Do viver sem sentido, sem razão
Da monotonia das noites vazias.
Sem esperança, sem motivação.

Da medo...

De perder as palavras totalmente
E romantismo nelas não mais haver
Dos pensamentos não te alcançarem.
E dos meus olhos você esquecer.

Medo de...

Não acha refúgio nas tempestades
E nas revoltas ondas do mar dolente
Sofrer a angustia torpe de perceber
O frio cortante do seu olhar ausente.

Da medo...

De sufocado e envolvido pela culpa
O amor ser avrrido totalmente
E nossos sonhos serem todos banidos
E levados de nós pelo vento quente.

De nossas almas fadadas ao exílio
Em cem, mil dias de solidão.
De lagrimas vertidas, inutilmente.
De sentir frio e vazio o coração.

Grande medo...

De no limiar de minha vida, concluir.
Que o anoitecer esperado foi esquecido
Que a porta sempre aberta, nunca existiu
De nas suas madrugadas, eu nunca ter existido.

Da medo sim.